SONETO PARA UMA FLOR INVISÍVEL.

Passa aqui,um vento longo e frio

varre a manhã,suave me empoeira,

sinto-me tocado, e enfim arrepio,

de vê-lo soprando a triste ladeira.

O sol embaçado, negou-me o calor,

a poeira varrida, me cegou a visão,

de ver-te tão bela, vertendo amor,

e neste amor, morri-me a desilusão.

Oh Rosa, carnuda, linda e perfumada,

que no galho, sob espinhos, viceja,

alegro meu coração, por ti amada.

Cheiro teu perfume, toco suas pétalas,

e sobre minha tristeza o amor adeja,

e voz,me salvando, das certeiras balas.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 22/05/2021
Reeditado em 22/05/2021
Código do texto: T7261384
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