SONETO PARA UMA FLOR INVISÍVEL.
Passa aqui,um vento longo e frio
varre a manhã,suave me empoeira,
sinto-me tocado, e enfim arrepio,
de vê-lo soprando a triste ladeira.
O sol embaçado, negou-me o calor,
a poeira varrida, me cegou a visão,
de ver-te tão bela, vertendo amor,
e neste amor, morri-me a desilusão.
Oh Rosa, carnuda, linda e perfumada,
que no galho, sob espinhos, viceja,
alegro meu coração, por ti amada.
Cheiro teu perfume, toco suas pétalas,
e sobre minha tristeza o amor adeja,
e voz,me salvando, das certeiras balas.