SONETO – Ainda sem nome – 14.08.2020 (PRL)

Perseguindo o ângulo da ressonância,
A fim de descobrir algum espaço,
A meu sentir vou perdendo a substância,
Por vezes me procuro e me refaço...

O meu viver já não segue algum traço,
Pra qualquer lado as portas são fechadas,
Talvez que cometido um erro crasso,
Antes as chances sempre escancaradas...

A desistência quer o meu destino,
E esse caminho não terá futuro,
O meu terreno nem sempre capino...

Mas penso chega ao fim este monturo,
Que empestando em sujeira esse ambiente,
Deixa o fedor atroz e tão frequente.

SilvaGusmão