RECORDAÇÃO (soneto)

Não eras, pra ser, um amor oriundo

Do amor. Foi segundo intransigente

Lia-se-te no sentimento, claramente

O vagar distante, vazio e moribundo

Tinhas nos olhos, algo de profundo

Perturbador. Coisa que pouco sente

Em uma sede da alma tão diferente

Errando, e errante, e pouco fundo...

E nessa tristura, escura, fria, covarde

Na saudade aninaste, tão segregado

Reclinado na penúria dum mendigo

Porém, junto da poesia, ainda arde

Tua recordação. Cantar do passado

Que sinto há de ser teimosa comigo!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

21 maio, 2021, 07'53" – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/MCYaqyhSE38

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 21/05/2021
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