PARDAL

e a cada dia que chega ao fim, vejo

assim ouço o canto dos meus pardais

avoados pelos ventos do meu lugarejo

e sentindo a maresia dos litorais;

sigo olhando para o alto, para o céu

chafurdando a vida de contentamento

me percebo, me aceito, retiro o véu

que as vistas deixara em embaçamento;

foi sempre assim, de sonho em sonho

é sempre assim, da inevitável realidade

que meu coração se faz risonho

da própria e singela mediocridade;

a felicidade que ainda me resta é saber

que dessa sina, sou o pardal de verdade!

Gleidston de Aragão
Enviado por Gleidston de Aragão em 20/05/2021
Reeditado em 20/05/2021
Código do texto: T7259732
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