SONETO DA ALMA.
Não ti vejo como olhos fixos e alheios,
vejo-a na textura da inquieta alma,
trago em mim,teu olhar, meus anseios,
que me renasce, e me constrói a calma.
Quero te em mim, num sincero afago,
como beija-flor, beijando uma florada,
e nesta sua tez, suave me embriago,
e querendo tímido, chamar-te de amada.
Ah estrela,que brilhou-me em dia turvo,
de sorriso ebúrneo, enfeitando a face,
é por teus olhares, que feliz me curvo.
E porque será, tão grande,esse carinho,
quer o sentimento um suave enlace,
num pouso silente, em caloroso ninho.