Cotidiano

Faço tudo como a música de Chico Buarque

Do mesmo jeito que sempre foi

Nas feridas jogam mais sal que em charque

A chave da felicidade se corrói

Anseio compartilhar, trivialidades contar

Vou me perdendo de mim e do amor

Por vezes sinto até que preciso gritar

Vou driblando cada ponto novo de dor

Parto direto ao precipício, vivendo em minha ilusão

Cada gesto gera em contrapartida tantos silêncios

Percebo mais e mais a distância e acolho a solidão

Justifico as estranhezas como sandices

De outras formas prencho os vazios

Pego-me acreditando, de novo, nas mesmas tolices

Tamyrys Hadassa
Enviado por Tamyrys Hadassa em 15/05/2021
Código do texto: T7256439
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