BONECA DE MILHO DA CHÃ DE AREIA
Boneca de milho da Chã de Areia
Contemplando agora a tua rutilância,
Inúmeras cenas de minha infância,
Invadem meu peito, a saudade enleia.
Boneca de milho da Chã de Areia
Faz-me lembrar minha mana querida,
Quando criança, tão cheia de vida,
Brincando na roça da minha aldeia.
Num dia de sol, sob a luz de seu brilho,
A sua boneca era espiga de milho,
Onde uma trança com graça medeia...
Hoje só resta, meu Deus, a lembrança,
De vê minha irmã, quando era criança,
Brincando feliz lá na Chã de Areia!
— Antonio Costta