O DESABROCHAR

Deixe que as cinzas do passado nos redime...

Nas noites cinzentas. No frio da madrugada.

No tom ébrio da dor que no desejo esgrime;

Desnudando pudores, matéria subjugada.

No céu alto, a Lua tão longe das estrelas...

Viesse beijar, assim como espuma do mar,

Este ser tão pálido; de ti, longe mil eras...

Amor, vieste só para minh'alma profanar?

Caminhando sobre o chão de incertezas;

Dei-lhe o mais alto que um poeta já sonhou

Ainda... se queixa das minhas estranhezas.

Não abrace um corpo castigado de Dor,

Beije-me a pele, afaga o âmago em carne

Sinta o verso em mim, desabrochar em Flor.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 07/05/2021
Código do texto: T7250614
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.