NOME FLUÍDO NO AMANHECER

Dentro, na esconsa sensação, onde fervia

No coração os sentimentos sussurrantes

Num raio fulvo, brilhante de uma agonia

Espanejando aflição nas dores faiscantes

Senti-a: pulsar na solidão, tão distantes

Capitosa saudade no peito então ardia

E em tédio, duns agrados inconstantes

Enjoo, brado e tristura, dos lábios saia

E eu pensativo, eu lúrido, eu descrente

Curvei-me naquela janela, com tal frieza

Sem o cerrado o quase persentir sequer

Meu lamento, aos poucos, lentamente

Nos olhos lacrimejados de uma tristeza

Daquele nome fluído no amanhecer!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

07 de maio, 2021, 09’31” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/2ixJeaRYT7o

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 07/05/2021
Código do texto: T7250181
Classificação de conteúdo: seguro