ΕΥΘΑΝΑΣΙΑ
Morreu a poesia dentro em mim,
Já não nascem os versos desta mente,
No processo de estar indiferente
A tudo vou propondo o mesmo fim...
A culpa externa de eu estar assim
Nem mais importa, vou seguindo em frente,
Quase nem triste quanto estou contente,
Abençoando o caminho em que me vim...
Não valem mais os versos se eu não amo,
Melhor calar-se o carme em que reclamo,
Passa tempo demais depois daqui...
Nenhuma ideia torne-se arte inútil,
Vale mais o silêncio que o som fútil
Dessas rimas que um dia eu escrevi...