Chovia
Ventava pinguinhos; era um frescor.
Flor emaranha à outra; dançava.
Cantava o silêncio doce rumor.
Humor perfeito; a nuvem entornava.
Apagava o pó; devolvia a cor.
Sabor de molhado; aura perfumava.
Dava vida; um poema a se compor.
Licor do ‘céus’, o canto abençoava.
Encharcava; arco-íris multicor.
Rumor do respingo, o vidro ensopava.
Calava a poeira; de Deus um primor.
Olor divino o chão já exalava.
Tornava o solo fecundo e valor.
Amor: a chuva então assim se expressava.
#ordonismo
Uberlândia MG