Nostalgia de um Velho
Recordo meus amigos de criançola...
Ah! Foram tantos! E na minha rua,
Naquelas tardes de brisa tão nua,
Os gudes no “pezin” de castanhola.
Dividíamos nós felicidade,
Tristeza, decepções, sonhos de infância,
Segredos, as primeiras esperanças,
E os primeiros sinais da puberdade.
Mas depois, esta senda foi ficando
No olvido da mudança, para trás;
Muito célere o tempo foi passando...
Só, trilho hoje a estrada com meus ais;
E às vezes digo a mim mesmo chorando:
-“Não seremos aquilo nunca mais!”