SOSSEGO
Eu, que não me julgo um homem grande,
Não me é difícil saber ser pequeno,
Para me esconder da ira de Polifemo,
Ou de castigos que o bom Deus me mande.
Não que mereça, ou por mau trilho ande.
O raio cai, não escolhe o terreno,
Ninguém tem merecimento pleno
Nem viveu beatitude de Ghandi.
Coluna do meio me cabe bem,
Não sou pior nem melhor que ninguém,
Por qualquer ângulo que for olhado.
Invisível, não chamo a atenção,
Da vida só reclamo o meu quinhão,
E um canto pra viver sossegado.
Eu, que não me julgo um homem grande,
Não me é difícil saber ser pequeno,
Para me esconder da ira de Polifemo,
Ou de castigos que o bom Deus me mande.
Não que mereça, ou por mau trilho ande.
O raio cai, não escolhe o terreno,
Ninguém tem merecimento pleno
Nem viveu beatitude de Ghandi.
Coluna do meio me cabe bem,
Não sou pior nem melhor que ninguém,
Por qualquer ângulo que for olhado.
Invisível, não chamo a atenção,
Da vida só reclamo o meu quinhão,
E um canto pra viver sossegado.