Epifania

"Brilho noturno de noite alheia vagando entorno à Terra"

PARMÉNIDES, "Sobre a Natureza" Fragmento 14, entre 490 a.C. e 475 a.C.

Nimba em Serendip (1), ainda que em Otranto (2),

Êxule o transe de Hamelin e flauta (3)

Obducta, já o revérbero se pauta

P'lo Caminho da Mão Direita (4) enquanto

Alvorece um Período Edo (5) num canto

Feérico, numa lira sonial, nauta

Do empíreo, do latíbulo, aura incauta  

Alvinitente em Heorot (6). Lene o quanto

Hipostaticamente une, dilecta,

Fanal de venustade. Monet adentro,

Constelação de evérgetas, roleta

Do tético, é Mirphak, enlevo bento

Lucente, exalça como calafeta,

Na serendipidade em sacramento.

 

(À cadela Cuca e em memória do meu Tejo)

(1) WALPOLE, Horace “Os Três Príncipes de Serendip”, 1754

(2) WALPOLE, Horace “The Castle of Otranto", 1764

(3) BROWNING, Robert "The Pied Piper of Hamelin", 1842

(4) FORTUNE, Dion "Autodefesa Psíquica", 1983, tradução de Mário Muniz Ferreira, Editora Pensamento-Cultrix, Lda.

(5) Período Edo ou Idade da Paz Ininterrupta (1603-1868) (Japão)

(6)"Beowulf", 1000

Rute Iria
Enviado por Rute Iria em 27/04/2021
Código do texto: T7242808
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