Um feixe a mais

A luz que resta, esperançosa e branda,

sozinha em seu clarão, velando o escuro,

não brilha além da porta até o muro,

mas cuida o estreito espaço da varanda.

E numa analogia, também anda

a humanidade assim para o futuro:

o mundo hostil, o ar triste, o tempo obscuro...

e a gente um feixe a mais de luz demanda.

O coração, varanda sempre acesa,

observa as horas, busca outra certeza

para extinguir o abismo que nos priva.

Ah, essa luz que resta é luz divina!

Tanto esse vão pequeno inda ilumina

quanto mantém a raça humana viva.

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 27/04/2021
Reeditado em 27/04/2021
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