Coração cheio de coisas que nele não trago.

Submetido a este estado deplorável,

De não haver contemplado os adágios.

E de sentir o que não pode ser sentido,

Percebo que o meu coração está cheio!

De coisas que nele eu quase nunca trago.

Sendo este na vida meu o maior fardo...

Ter como infortúnios ossos no caminho,

Queria ter o peito de pedra não de carne.

E assim, não invejasse tanto a um moinho,

Por triturar às mágoas e dores passadas.

Que são como quebra-molas nas estradas,

Que tenho andado sempre sem destino.

Logo, percebo então que não sou digno!

Das alegrias que me são imantadas.

Uil

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 26/04/2021
Reeditado em 26/04/2021
Código do texto: T7241705
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