Soneto da liberdade
O som dos candogas dava o compasso
O medo se faz um parceiro sem fim
Na fuga o cativo não lembra de nada
A pressa agora é quem marca seus passo
Os candogueiro na roda afinada
Entoa o seu canto em tom de alegria
Prepara o corpo, a mente e espirito
Se abre a senzala pra ser libertada
No cativeiro a fuga se esvala
O mato agora é sua estadia
Prepara o quilombo pra sua morada
Mas são perseguido por dono cruel
Os anos se passam na mesma peleja
Mas a liberdade tem gosto de mel.