Ó NOITE...

Ó noite, ampla noite, de insonolência

Noite umbrosa, de fado aos sofredores

Suspiros, preocupações e tantas dores

Nessa apertura tediosa e sem paciência

Socorre a alma ó repouso, com essência

De paz, suste a tortura e seus langores

Ó quimera venha a mim para dispores

Sonhos calmosos, e me tire da dolência

E o silêncio, que estronda a harmonia

Numa solidão que no breu se mistura

Insistente, e tão tomado de teimosia

Inquieto sinto o negror da amargura

Sobras frias, sinto áspera melancolia

Na rude poesia, canto! Ó noite dura!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

20 de abril de 2021, 03’23” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/B7AMyZjJp3k

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 20/04/2021
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