SONETO
SONETO
Faz pena ver-se a criança
Coitadinha seminua
Vivendo sem segurança
Exposta aos olhos da rua
Dormindo sobre a cafua
Ela chora humilde e mansa
E tendo como esperança
Essa vida tosca e crua
Nossa criança faminta
Tem uma vida sucinta
Na face deste planeta
Por ser de classe paupérrima
Leva uma vida tetérrima
No lamasal da sarjeta.