NINGUÉM LEVA NADA PRA O TÚMULO

Sem utopia, bem enpregada seria

A riqueza se fosse distribuida

Com aqueles que não têm comida.

Se assim fosse, menos miséria teria.

Não adianta ganância, avareza

De juntar tanto dinheiro na terra

Em meio à tanta fome, tanta pobreza.

Uma certeza cruenta encerra:

Quando se vai desta vida, amigo,

No derradeiro sono,

Pouco vale, de ouro, o trono.

Desde o rico, o pobre, o mendigo,

O praça, o general, o vagabundo,

Ninguém leva nada pra o outro mundo.