SONETO DO MEU QUERER

Eu que dei a mim a clara ilusão

De poder ter o poder das rédeas

Que movem minha vida...enganação.

Jamais tive êxito...sequer uma brecha;

Eu que pensei na solipsista nueza

D'uma existência breve e puramente

Revestida, somente, desta crueza

Que assola-me metafisicamente;

Nada poderia fazer-me mais feliz

Além do que meu pobre coração

Saltitar e embolar-se de emoção

Nesta cósmica e fatídica estrada

Tão estranha, fútil e embelezada.

Concluo: tudo é fio na navalha!

Gleidston de Aragão
Enviado por Gleidston de Aragão em 16/04/2021
Reeditado em 21/04/2021
Código do texto: T7233640
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