Nono soneto do Criador

Anjos de Deus em Bach engenham o baile divino,

harmonia ressoa e consoa o glossário do bem.

Diligente ser compõe harmonia vindoura aquém,

orquestra angelical fandanga com o concerto exímio.

Rei dos reis, Handel agita o baile profano,

aleluia aos guturais das impurezas patrióticas.

Liturgia nacional exprime as vidas escatológicas,

bastardos gloriosos exaltam a si: crasso engano.

Noturno eclipse de Chopin poetisa o monismo,

na vinda do homem romântico sentimento de dor.

Vemos que o patriotismo é insuficiente perante a Deus.

Da arte ao criador, teremos a vindoura força do otimismo,

mesclado com a responsabilidade pessimista do pecador.

De Handel a Haynd a criatura não é indelével perante aos seus.