BUCANEIROS
Era grande o desejo de aventura.
Jovens, no mar buscavam a fortuna,
À visão de uma vela que se enfuna,
Bastava para leva-los à loucura.
Ambição é um mal que não tem cura,
E com a honra não se coaduna.
Se a tem, deixa fora da escuna,
Que é seu novo lar, sua clausura.
E então partem à procura da sorte.
Nesta busca uns encontram a morte,
Tendo o mar como última morada.
A riqueza não era o seu destino,
O mar é quem ganhou um inquilino,
Que tentou, mas dele não levou nada.
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LIBUSTEIROS ----
Os flibusteiros, piratas de antanho,
Sorvendo cerva nas velhas tabernas,
Nos braços tatuagens das cavernas,
Num modo de viver muito estranho. ----
Uma algazarra que não tem tamanho,
Na ebriez do sono onde hiberna,
Gancho nas mãos e paus sustentam pernas,
Se moedas roubadas são seu ganho. ----
As moças ruivas de saias rodadas,
Ofertam bocas pra serem beijadas,
Por toda noite até nas madrugadas. ----
Sombras e luzes quase amortecidas
Escondem as paixões que escondidas,
Explodem no furor das gargalhadas.
Fcunha lima