BUCANEIROS

Era grande o desejo de aventura.

Jovens, no mar buscavam a fortuna,

À visão de uma vela que se enfuna,

Bastava para leva-los à loucura.

Ambição é um mal que não tem cura,

E com a honra não se coaduna.

Se a tem, deixa fora da escuna,

Que é seu novo lar, sua clausura.

E então partem à procura da sorte.

Nesta busca uns encontram a morte,

Tendo o mar como última morada.

A riqueza não era o seu destino,

O mar é quem ganhou um inquilino,

Que tentou, mas dele não levou nada.

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LIBUSTEIROS ----

Os flibusteiros, piratas de antanho,

Sorvendo cerva nas velhas tabernas,

Nos braços tatuagens das cavernas,

Num modo de viver muito estranho. ----

Uma algazarra que não tem tamanho,

Na ebriez do sono onde hiberna,

Gancho nas mãos e paus sustentam pernas,

Se moedas roubadas são seu ganho. ----

As moças ruivas de saias rodadas,

Ofertam bocas pra serem beijadas,

Por toda noite até nas madrugadas. ----

Sombras e luzes quase amortecidas

Escondem as paixões que escondidas,

Explodem no furor das gargalhadas.

Fcunha lima

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 15/04/2021
Reeditado em 16/04/2021
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