Mulher, mulher.

Quando só e secretamente

Em sonhos entregares a fulminante

Paixão proibida, pela distância arrogante

Derramando do cálice licor dos amantes

Queimarás escondida este lençol

Como aos deuses em oferenda

Chegará do fumo, teu perfume

Que para divindade, não permitirei

Sei quê de ciúmes me curvarei

Em lágrimas o travesseiro encendiarei

Para quê tê chegue o quanto a amei

Erga tua face, brilhe teu semblante

Ofusque o tímido sol, como galáxia

Que daqui como Zeus, á procurarei.

Kiko Pardini.