Soneto da enganação

Soneto da enganação

Em meu silêncio, atordoado

Choro, rio, grito encabulado

Desesperança inexorável

Em noite fria interminável

Sorumbático, estou alienado

De mortas memórias, o intocado

Neste arcabouço detestável

Escarro tua face execrável

Entoa as litanias satânicas

Emerge da maledicência

Sob grilhões de força tirânica

E em meio a minha indolência

Tomado por força titânica

Engano todos com minha aparência

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 12/04/2021
Código do texto: T7230404
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