Soneto da enganação
Soneto da enganação
Em meu silêncio, atordoado
Choro, rio, grito encabulado
Desesperança inexorável
Em noite fria interminável
Sorumbático, estou alienado
De mortas memórias, o intocado
Neste arcabouço detestável
Escarro tua face execrável
Entoa as litanias satânicas
Emerge da maledicência
Sob grilhões de força tirânica
E em meio a minha indolência
Tomado por força titânica
Engano todos com minha aparência
Eduardo Benetti