O ELOGIO E A VAIA
Palmas que se bate são elogios,
Que se dá de bom grado a todo artista,
Que pula e dá cambalhotas na pista,
Ou tem a sua vida por um fio.
Cada função envolve um desafio,
Que só com muito treino se conquista,
Mas sempre que a sua vida arrisca,
Pelo corpo lhe corre um suor frio.
Entre os que o assistem sempre haverá,
Um louco que deseje que ele caia,
Para soltar a tão temida vaia,
Que todo artista tenta evitar.
Para isto ensaiou a vida inteira,
E outra, se tiver, vai ensaiar.