ÁRDUO SONETO

Deste amor que eu cantei ardentemente

Amando, amador, paixão, e apaixonado

De mim mesmo tiraram, e eu, frustrado

Sem o ter, agora, separado inteiramente

Toda esta dor, o pesar, n’alma da gente

Amarga, e deixa marcas na via do fado

Porém, também, tem a sorte, o agrado

No vai e vem. Tudo é interino. Somente

O que se leva, e o que deixa, tem razão

Então, cada motivo é pra se amar tanto

No entanto, se deixa ir a doce sensação

E neste bandido, perdido: - o meu canto

Árduo, que suspira do fundo do coração

Saudades sentidas, escorridas no pranto!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

12/04/2021, 06'45" – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/9e1LEWR0oT8

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 12/04/2021
Reeditado em 12/04/2021
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