AVENTUREIRO

Conduzo sobre a tela alabastrina

afagos de um pincel embevecido

até disseminar o colorido

nas doces galerias da retina.

A imagem preparada desatina

o peito aventureiro, destemido

e enfrento imensidades desprovido

de senso, castidade e disciplina.

Embora pedregais experimente

enquanto perambulo nos cenários,

preciso ouvir o sonho persistente.

Querida, meus plangores solitários

embebem cobertores, simplesmente,

nos restos de infinitos viridários.