HOMENAGEM A MÁRIO QUINTANA

Escrevo diante da janela aberta.

Minha caneta é cor das venezianas:

Verde!... E que leves, lindas filigranas

Desenha o sol na página deserta!

(Mário Quintana)

Enquanto escreves um raro soneto,

Frente à janela de onde aprecias,

Do majestoso sol, raios que alias

A cada estrofe, quarteto ou terceto,

Vês que eles brincam nas linhas vazias,

Traçando as formas de um cáos completo,

De forma tal, que te quedas, inquieto,

Sem mais saber sobre o que escrevias...

E essas luzes que assumem formas tantas,

Mostram que, mais do que observador,

Da própria paisagem fazes parte...

Então, deixas de lado a tua arte,

Para reconhecer o esplendor

D'arte maior com que, feliz, te encantas.

Bom dia, amigos.

Ótima quinta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.

Obrigado, Helena, pela preciosa interação.

ABRIL

Vem vindo abril, como diria Quintana.

Ah! Quintana, bem amado, esse mês é puro engano.

Não é, não, iluminado como dezembro ou janeiro,

até mesmo fevereiro que nos traz o Carnaval.

Abril, pra mim, é fatal meu poeta, não se ofenda.

Mas vê, só, sou obrigada a declarar minha renda.

(HLuna)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 08/04/2021
Reeditado em 08/04/2021
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