HOMENAGEM A MÁRIO QUINTANA
Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!... E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!
(Mário Quintana)
Enquanto escreves um raro soneto,
Frente à janela de onde aprecias,
Do majestoso sol, raios que alias
A cada estrofe, quarteto ou terceto,
Vês que eles brincam nas linhas vazias,
Traçando as formas de um cáos completo,
De forma tal, que te quedas, inquieto,
Sem mais saber sobre o que escrevias...
E essas luzes que assumem formas tantas,
Mostram que, mais do que observador,
Da própria paisagem fazes parte...
Então, deixas de lado a tua arte,
Para reconhecer o esplendor
D'arte maior com que, feliz, te encantas.
Bom dia, amigos.
Ótima quinta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.
Obrigado, Helena, pela preciosa interação.
ABRIL
Vem vindo abril, como diria Quintana.
Ah! Quintana, bem amado, esse mês é puro engano.
Não é, não, iluminado como dezembro ou janeiro,
até mesmo fevereiro que nos traz o Carnaval.
Abril, pra mim, é fatal meu poeta, não se ofenda.
Mas vê, só, sou obrigada a declarar minha renda.
(HLuna)