SONHOS NA MEDIDA DO TEMPO








Não meça seus sonhos pelo sabor do vento 

Efêmero e incerto da insensatez, 

Sonho se mede pelo sentimento 

E pelo próprio enigma do que a vida fez... 





Tampouco meça dádivas pelo valor do mundo, 

Nossas nostalgias são, talvez, distantes, 

Dádiva se mede pelo amor profundo, 

Além de toda dor e de sombras gritantes... 





Nosso sonho, portanto, é medida de nós, 

É o vento e a voz em cada trecho da alma, 

E, sem calma, esse sonho se torna veloz...




E essas estrelas lídimas de cada verso breve

Desenham na jornada que nos fortalece e acalma

O amor que exulte enquanto o tempo escreve.






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