OLHAR DESFALECIDO
Talvez seja resquício dos quês da vida,
A palidez do teu olhar.
A angústia de alegria desfalecida,
Ou talvez, o "apagão" do teu sonhar.
Tuas palavras "rasgam" até o vento,
E o teu tormento "ecoa" no horizonte,
Mas do outro lado do "monte",
Todos sabem que é só desavento.
E o peso da tua amargura,
recai sobre os inocentes
Que nada têm a ver com tua hora insegura.
Paramentar-se com "vestes" humildes
É um bom passo à liberdade
E a paz no olhar te encherá "baldes".
Ênio Azevedo