Amerissagem
Num voo sem rumo, mas com objetivo,
Ele partiu; do mundo todo a ciência,
Desejava a seus pés e, com veemência,
Do próprio sonho se tornou cativo.
Seu espírito, ainda muito altivo,
Renunciou a tudo. A grande essência
Do seu viver estava na sapiência
E assim se fez absoluto e obsessivo.
E no voo que fez, muito alcançou;
Mas fútil foi ao mundo o sapiente
Que a toda criatura abandonou...
Na pobre lucidez de um demente,
Tenta o regresso à vida que deixou,
Mas nunca pousa em nada consistente.