BOCA DA NOITE
Balançando ao vento morno
o arvoredo se espraia,
o azul parado no entorno
do vasto esplendor da praia.
Muito longe no horizonte
por onde possa avistar
o céu, por de trás da ponte,
tem seu encontro com o mar.
Dentro deste tempo aberto
a paisagem se encaminha
e, súbito, se transmuta;
vem a noite alucinada
trazendo a lua azulada
e nada mais se escuta.