Transpor-se aos tempos
 
Transporto a minha alma que peregrina
Na sombra virginal, vou andando sozinha
Revivendo velhos sonhos e sem tréguas
Estradas percorro nas intrínsecas léguas.

Esperanças vagas, num lumiar sereno
Delícias essências, num campear pleno
Anseios que iluminam, no clarear do dia
Iluminação próspera que em mim abriga.

Nos calafrios da vida, breves murmúrios
Das almas brancas perdidas nos tempos...
Ventos frios, vidas perdidas, sem alentos.

Sinto as fúrias nos delírios dos infortúnios
Contradizendo as carícias mais redentoras
Daqueles que amam uma vida promissora.




 
Texto; Miriam Carmignan
Imagem Google