OUTRA VEZ
Apenas um sorriso e teu convite
aceito sem dizer palavra alguma,
envolto na doçura desta bruma
que impulsos arrojados me permite.
No sonho, o eflúvio cárneo se avoluma,
inflama as feras cheias de apetite,
desfaz pudores, deixa sem limite
as mãos, os lábios... Tudo se consuma!
A sintonia, voz do sentimento,
confessa o juvenil contentamento
oculto nas entranhas da mudez.
Cintilam nossos lânguidos olhares
e dizem, nas gentis preliminares,
o quanto nos queremos outra vez.