Pelos ramos da fé

 

Que seja minha língua preparada

Ao conforto daqueles abatidos,

Que seja obediente ante os gemidos

Meu ser com minha fé inabalada.

 

Os ramos espalhados pela estrada

Ao calvário se estendem precedidos,

Do Filho ao Pai virão os seus pedidos:

Meu Deus, meu Deus, a história consumada!

 

Quaresma penitente de ano raro

De deserto obrigado mais que rito

Cristão. O mundo veja-se restrito

 

Por um vírus mortal, veloz disparo.

Consolo está na Cruz, morte pró-vida,

És o único remédio a esta ferida.