NÊGO
Mauro Pereira
Era um negro, tão preto que luzia!
Um boa-vida airoso! Um mandrião!
Também chamado de Nêgo e de Tição...
O dono do pedaço e que a ninguém ouvia.
Embora um cara avesso a estripulias
Fugiu e se atracou à encanação.
Tentou galgar o tubo que o prendia
E foi do quarto andar direto ao chão.
.... Um dia a cuidadora, ao seu par distante,
Mostra no colo o Nêgo nu, arfante,
Deitado e quieto; como que dormia.
Ela esboçou num gesto, a despedida.
E olhando o Nêgo com uma dor sofrida,
Ela chorava...! O gato seu morria!
Um boa-vida airoso! Um mandrião!
Também chamado de Nêgo e de Tição...
O dono do pedaço e que a ninguém ouvia.
Embora um cara avesso a estripulias
Fugiu e se atracou à encanação.
Tentou galgar o tubo que o prendia
E foi do quarto andar direto ao chão.
.... Um dia a cuidadora, ao seu par distante,
Mostra no colo o Nêgo nu, arfante,
Deitado e quieto; como que dormia.
Ela esboçou num gesto, a despedida.
E olhando o Nêgo com uma dor sofrida,
Ela chorava...! O gato seu morria!
Porto Alegre, 03/11/2017