LOUCURA... LOUCURA... LOUCURA...
Como estão meus pacientes, enfermeiro?
Apressa-se, homem! Estou querendo vê-los.
Doutor, eis o meu conselho: reze primeiro.
Eles estão me fazendo perder os cabelos!
Veja só o insano do quarto aqui da frente.
Acha que somos almas por vestirmos de branco.
Quando nos vê, aponta-nos a bíblia imediatamente;
Para que saiamos do seu quarto num só arranco.
O do quarto do lado acha que é uma galinha,
Ao fazer o zero dois crê que está podando ovo
Cacareja tão alto que a nossa audição aporrinha.
No final do corredor há um caso nada aparecido.
Todas as vezes que vou ao quarto dele me comovo.
O louco vive sob um tapete. Pensa ser um doido varrido.
O FILHO DA POETISA