Soneto do mal que tanto aflige

Mesmo que o mal poupe amigos,

Ou pessoas mais queridas,

Ele perpassa nossa vida

E nos faz pedir abrigo,

Na oração, a que me ligo,

E em gentes compadecidas,

Que aplacam grandes feridas

E mostram amor no perigo...

Cada um, pois, a seu jeito

Vai vivendo o seu sofrer,

Hoje nada rarefeito...

Ainda assim, tanto malfeito

Faz da vida um desviver,

Que registro, contrafeito...