A Água
Na passagem hoje do Dia Mundial da Água, resolvi republicar este meu soneto sobre ela.
Ora calma, plácida e parada,
Como um espelho, um lago encantado;
Ora remete em louca disparada,
Um riacho, depois de represado.
Quando o inverno vem em chuvarada,
Transmuda em rio descontrolado.
Vai levando tudo na enxurrada,
De margem a margem, de lado a lado.
Os mesmos rios que alimentam lares,
Com a pura água que mantém a vida,
Aos milhares abastecem os mares,
E os cinco oceanos singulares,
Que fazem a terra ser dividida
Entre raças e crenças milenares.