POESIA DIÁRIA.
Soneto
1.
Coloco o café na xícara,
Dançarina fumaça sorrateira,
Furioso silêncio que domina,
Vestindo de mistérios meus sentimentos.
Dolorosa segunda-feira que começa,
Infinitas sensações que não sei mensurar,
No seio hospeda-se terrível loucura,
Insano desejo sem explicação.
A xícara de café está vazia,
No relógio o tempo se faz fugaz,
Será mesmo esse dia de descanso?
Todos dormem na oitava hora da manhã,
Na companhia da Divina Comédia de Dante,
Me atrevo a versos literários infernais.