O CASO DE UM BOÊMIO
Boêmio sempre escreve um poema
De preferência um soneto triste
Do amor de seu passado que inexiste
E hoje o impede de sua abstêmia.
Boêmio que sou, conto-lhes um caso,
Sim, do passado que não esqueço,
Amar, doar o amor é sem preço,
È uma linda flor florida num Vaso.
Eu amei uma mulher que foi única
Seu rosto angelical era de um anjo,
Que tinha em sua cabeça uma túnica.
Nossa relação de amor mediúnica,
Providencial foi por Deus um arranjo,
Para nossa infelicidade impúnica.