SONETO AO CORAÇÃO
aquieta-te, ó coração bobo,
tu vives a brincar com fogo
se queimando em alvoroço
fazendo-me refém do teu gozo;
a ti, ó meu coração ardente,
peço-lhe que sejas prudente
ao forçar-me estranhamente
querer teus desejos latentes;
agradecerei, ó pobre coração,
quando toda essa emoção
der espaço àquela intuição;
te acalma, ó coração tinhoso,
sou um homem esperançoso
em dai-me a tua compreensão.