TURVO POEMA
Lábios do sol beijam o dorso do asfalto
Rios que abraçam os seus afluentes
Netos que gritam lá fora tão alto
Sonetos me queimam veemente
Mãe que enamora meu pai no passado
Na vida eles querem que eu entre
Pai joga os grãos de um poema indomado
Dentro do sagrado ventre
Vida passou tão ligeiro, velhice
Móvel antigo guarda a criancice
Tempos que o tempo baniu
Luz de meus olhos cortejam o ambiente
Turva visão do presente
Enfim meu poema surgiu