Que há de errado, com os anjos de asas quebradas
Por acaso, não há tinteiro suficientes, para suas
tristonhas e pedantes histórias narrar?
- invisíveis, nas visíveis paisagem de arranha céus
Quem os vê caídos, pobres mendigos, da sarjeta para lá
Entre sinos da catedral – uma reza passa despercebida:
- Tens migalhas de pão, filho de Deus, para meus pombos alimentar?
Longe mendicância quiçá pudesse com suas asas a Deus voar
Na noite fria, indignamente, uns descem a cripta, outros a sonhar.
Deus, por vezes, os reconforta e ao seu lado, os leva a morar
Imundos – sem chão: - estranha sorrirem e acenarem com mão
Da ampulheta, vejo o tempo passar, quem da Catedral passa
Para os anjos não querem rezar – deixa-os invisíveis a Deus
Esquecidos, talvez num verso de soneto, possam deles lembrar.
Por acaso, não há tinteiro suficientes, para suas
tristonhas e pedantes histórias narrar?
- invisíveis, nas visíveis paisagem de arranha céus
Quem os vê caídos, pobres mendigos, da sarjeta para lá
Entre sinos da catedral – uma reza passa despercebida:
- Tens migalhas de pão, filho de Deus, para meus pombos alimentar?
Longe mendicância quiçá pudesse com suas asas a Deus voar
Na noite fria, indignamente, uns descem a cripta, outros a sonhar.
Deus, por vezes, os reconforta e ao seu lado, os leva a morar
Imundos – sem chão: - estranha sorrirem e acenarem com mão
Da ampulheta, vejo o tempo passar, quem da Catedral passa
Para os anjos não querem rezar – deixa-os invisíveis a Deus
Esquecidos, talvez num verso de soneto, possam deles lembrar.