Essa dor que o peito dilacera
Sangra o órgão vital, o coração
Como pontiaguda, nele penetra
Numa dose de tristeza, pertinaz indagação
Rezo ao bom Senhor, versos de minha dor:
Ontem salmodiava a tua alegria
Agudas, graves...cantarolava e bendizia
- hoje lamúrias, banham o meu cobertor
Talvez fale cansado e com esse enfado,
Palavras se percam pelos ares, como os pássaros
Cansados da gélida estação
Da vida, furtivas dores, preces inconclusivas
Dê-me sempre tua mão amiga
Pois pela manhã, aguardo novamente a tua alegria.
“Passarinhos belas flores querem me encantar”