Ato consumado
E bate, e pulsa, e chora o coração,
a lágrima que ri... que é de prazer...
E bate e pulsa até não mais querer,
posto à mercê de ti, em comunhão...
Tu és minha rainha do senão,
do faz-de-conta, assim: eu sou um rei
escravizado, enfim, por uma lei,
que prende o tino e livra o coração.
E bate, e pulsa, e chora de paixão,
o choro convulsivo e sem razão,
que sangra gota à gota, lado a lado...
Uma paixão que é pura e verdadeira,
que bendissera a lágrima primeira,
depois de ter hímen perfurado.
E bate, e pulsa, e chora o coração,
a lágrima que ri... que é de prazer...
E bate e pulsa até não mais querer,
posto à mercê de ti, em comunhão...
Tu és minha rainha do senão,
do faz-de-conta, assim: eu sou um rei
escravizado, enfim, por uma lei,
que prende o tino e livra o coração.
E bate, e pulsa, e chora de paixão,
o choro convulsivo e sem razão,
que sangra gota à gota, lado a lado...
Uma paixão que é pura e verdadeira,
que bendissera a lágrima primeira,
depois de ter hímen perfurado.