Que pode mais um homem que querer?
Ando sem jeito ao reclamar meu verso...
É tanto tempo, pois, em que me afundo
E faço de poeira, a teia, um mundo
Que nada adianta ao me querer tão certo.
Mas tanto amor meu peito vem coberto
Que mesmo empoeirado assim e imundo
Errado eu sigo, aberto ao mais profundo
E nessa dualidade eu me conserto.
Não sei mais me explicar, porque me inundo
Do lar que mora em mim - um outro ser –
Apenas sinto e aceito o que ele quer...
E então, de amar no tempo, eu me pergunto:
Que pode mais um homem que querer
Se não, errar nos braços da mulher?