É PRECISO CONTEMPLAR...






Contemplar folhas da arte em cada verso

É ver no mar da alma a própria tempestade

Do amor sublime, em todos nós, disperso

Como sós estrelas de uma potestade...




Vislumbrar no infinito a própria consciência

Tão limitada e, ao mesmo tempo, incerta,

É ver que o coração nos brada numa só cadência,

Na sinfonia em vida que já nos desperta...




Mas seremos ternos filhos da incerteza ?

Se, no íntimo, o coração declama sonhos,

Como levar a vida em plena correnteza ? 




Metafisicamente, tudo pode ser uma arte que acalma,

Feito um escudo à parte de versos sós, tristonhos,

Pedindo amor às cores no limiar da alma.






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