Incertezas de um cotidiano infinito
O meu pedaço de pano rasgado
Que uso para esconder minha vergonha
Tem o odor de uma vida cu e enfadonha
Além da mancha escura em meu legado
Ruptura da loucura e do pecado
É uma prosa triste de quem sonha
Com um ato de mudança medonha
De um passado com o preço marcado
O fato é que o destino faz parte
Desse jogo tolo, bizarro e fraco
É o roubo por debaixo do pano
Você faz de tudo e nada é arte
A artimanha da vida pé no saco
Com as cobranças desse mundo insano